A fúria atraz de olhos verdes (poesia escrita em 2001)

Um matagal de luxúria 
 Verde pelos espelhos da alma
 A cor que me atiça
 A cor que me acalma 
 Olhos verdes atraz das armações 
 O calor atraz de cabelos longos 
 Como o som do Theremin 
 Como um íncubus carnal 
 Como ser empurrada debaixo da terra 
 O ar me afoga 
 Como a balança da justiça 
 Que balança as estruturas 
 Como um escorpião libidinoso 
 Lambendo minha alma 
 Sugando meu corpo 
 Relacionamentos mentais e físicos 
 Suspiros ao pé de ouvido 
 Lábio molhados 
 Linguas envenenadas 
 Como uma viagem ao outro 
 Como o calor sangüíneo 
 Vejo a fúria 
 A fúria atraz de olhos verdes 
 -x-

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