A vida amorosa de Adriane

Minha primeira vez foi quase técnica.Eu tinha 26 anos e estava começando minha vida longe da família que tanto me reprimia.Estava livre para escolher quem eu quisesse sem medo de críticas .Coloquei um anúncio no jornal:

"Virgem de 26 anos procura alguem
para compartir uma noite
inesquecível"

O único que respondeu foi um recém formado em Física Astronomica.Um rapaz franzino de 20 anos ,ainda apegado a mãe e com uma síndrome de gênio.Saímos juntos para tomar cervejas depois levei ele pro meu apartamento.Foi frio e cauculista.E ainda por cima durante ele se deliciava com o progama do "Ratinho".Acabou e saiu.

Percebí que por mais moderna que nos denominamos temos a necessidade do sentimento e de um mínimo de consideração.Vem,come e desaparece.É este mesmo o sexo que se vê tão divulgado na mídia?É disso que uma sociedade que se diz moderna vive?

Queria aproveitar minha independencia e ser livre.Provar que eu poderia me entregar sem emoções como os homens o fazem.Não tinha expectativas só queria mostrar que podia fazer como qualquer pessoa adulta.

Que pecado existe em querer alguem que lhe dê afeto?Ter alguem que se gosta ao lado virou um tabú dos tempos de nossas avós e bisavós.Ví que tive bem mais carinho ,intimidade e consideração em apertos de mão do que naquela trepada de meia tigela.E bote meia tigela nisto!

E eu tão besta que esperava a pessoa certa, no momento certo e no lugar certo.Passaram muitas pessoas na minha vida que valiam muito mais que aquele aspirante á Steven Hawking.E eu só esperava... Esperei tanto que passou o tempo de espera até que cansei de esperar e tomei uma iniciativa urgente.

Não me arrependo do que eu fiz na verdade me arrependo do que eu deveria ter feito.De tantas pessoas que passaram pela minha vida de tantas oportunidades que eu gastei que poderiam ser as certas e eu não as usei por medo.Medo de críticas,medo da minha própia vergonha e medo daquela porra de camisinha não descer na descarga.

Como disse Gal Costa :"Amor livre não é para qualquer um"

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