Igreja (Poesia de 2004)
Chegou a hora de
confessar-te
Não posso mais guardar meu
fogo
Neste altar sagrado
Tenho que te dizer
Que se não nos beijarmos
agora
Viveremos o resto de
nossas vidas
Como Abelardo e Heloisa
Não existe fogo que arda
mais
Que este coração nordestino
Na tua canção de desespero
Estarei trancada nos
conventos do meu desejo
Se não te der pelo menos um
beijo
Meus sentimentos dançam
pelas caatingas
Ao som de uma flauta mágica
Saco minha peixeira
E abro meu peito
Só para cantar-te meu
desejo
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